quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Minha visão para aquelas pessoas que inocentemente buscam a santidade como algo que se possa adquirir:
Você não procura santidade, Ela te acha.
Faça seu melhor apenas por ser seu melhor, o resto não te pertence.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Simolândia: Pousada Fundo de Quintal











Casa No Campo Composição: Zé Rodrix e Tavito

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
"Ora, esperança que se vê não é esperança; pois alguém vê o que espera? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos."
 Romanos 8, 24 e 25. Escrituras

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quando chegamos nesta época do ano, novembro, já começamos a nos despedir, a fazer planos do porvir, a pensar  nossas vivências, a desejar uma nova oportunidade de recomeço. Comigo é assim... todos os anos, olho para trás com ares de agradecimento, estranhamente, não consigo lembrar das dificuldades, dos problemas... todo o superado me soa como lição, aprendizado, parte do que sou. Sou grata a minha vida, sou grata a poder experimentar coisas novas, o incomodo que costuma vir com o novo é minha grande oportunidade de acreditar que vivo com intensidade, que  mesmo neste curto espaço tempório que estarei neste mundo eu aproveito seu máximo. Termino este pensamento com um grande suspiro, daqueles que seguramos o ar no pulmão por alguns segundos e o liberamos lentamente, experimentando a sensação de estar vivo e livre.

domingo, 7 de novembro de 2010

EIS ME AQUI

eis me aqui!
vivendo,
interagindo.
eis me aqui!
em silêncio, ou,
gritando.
eis me aqui!
que mundo louco,
que desejos inalcansáveis.
eis me aqui!
pronta para um novo dia...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Não tenho pena de mim!


"Eu estava tomada por uma tristeza quente, poderosa, e adoraria ter me entregado ao reconforto das lágrimas, mas tentei com força não fazê-lo, lembrando-me de algo que minha Guru dissera certa vez: que você nunca deveria dar a si mesmo a oportunidade de se entregar porque, quando o faz, isso se torna uma tendência, e nunca mais pára de acontecer. Em vez disso, você precisa treinar ficar forte."
(texto extraído do livro: 'comer, rezar e amar' de Elizabeth Gilbert pág145)



Detestei a primeira parte deste livro... comer. Porém, estou na etapa do rezar, e mesmo não gostando muito do tipo de narrativa tenho achado muito reflexivas as palavras da autora. O trecho que selecionei acima, fez pensar o quanto sou mais forte hoje. Já tive muita pena de mim mesma, já sofri pelo que fiz e pelo que não, já sofri pelo que outros me fizeram, chorei, chorei... Não sei exatamente quando decidi deixar de chorar e enfrentar minhas neuras, aceitar quem sou, acho até que decidi isso mais de uma vez e não cumpri! Mas hoje, sempre que me abalo e penso em chorar (ter pena de mim) reflito e otimizo esta energia para outros sentimentos e ações. Chorar continuo chorando, expressando minhas emoções, mas elas não tem nada haver em sentir pena de mim mesma. Tomar esta decisão é um exercício diário e individual, mas com o uso da razão é possível saber que não existem motivos para chorar, quando se tem nas mãos a própria vida. Vamos tentar?

sábado, 18 de setembro de 2010

falem bem ou falem mal, mas falem de mim...



Falem bem ou falem mal, mas falem de mim...

Conhecem o ditado?

Pois é minha caixa postal vem sido assediada de inúmeros emails falando mal de candidatos políticos da próxima eleição, são tantos os emails que comecei a me questionar se é campanha positiva ou negativa... Vivemos num país onde na hora de escolher não se usa a razão, não se avalia projetos, o calor humano é evidente nas escolhas: eu gosto, eu não gosto, coitado, precisa mais, é tão bonzinho, injustiçado é bode expiatório merece apoio... Enfim, quem aí está preocupado de entender como as políticas internacionais interferem no tipo de governo que temos, ou então, verificar proposta contrapondo recursos do país. Todos os candidatos, tirando a pose, vão ler na mesma cartilha. O discurso é bonito? Não basta! Enquanto ficarmos passivos em nossas posturas de escolha e enfrentamento a corrupção continuaremos a pagar impostos para não termos educação, saúde e segurança de qualidade continuaremos a manter esta corja de corruptos que vivem de CPIs. Que nada mais é do que um novo tipo de corrupção: corrupção para validar a corrupção legalizada!

Votem na Dilma, pois ela está difamada; no Serra porque o coitado é feio; na Marina porque ela não vai ganhar mesmo... Votem sim, pelas propostas, e, tenham claro o que irão poder cobrar depois, e, cobrem, pois sem cobrar nada vai mudar!

Algum candidato tem projeto de moralização e diminuição do número de parlamentares do país?

Este é o meu candidato!

segunda-feira, 26 de julho de 2010


Faz um mês que minha amada avó foi... não sei se foi ela que foi ou se fomos nós. Morrer significa partir ou deixar de ir? Quando alguém morre costumamos nos consolar dizendo que a vida é assim, chegará a hora de todos, estará sempre viva em nossos pensamentos, descansou... A morte assusta mais os vivos que os mortos, saber da sua eminência faz querer certificar se a vida tem sido o suficientemente bem "gastada" ou "aproveitada" por nós. Mas que medida é essa? Como medir se tivemos felicidade suficiente, aprendizados grandiosos, tocamos a vida de quantos, fizemos diferença para quem... Não importa, ela nunca será o suficientemente grande para estarmos prontos a sair de cena e provavelmente (se tudo der certo) também não será o suficientemente pequena para nos manter na vitalidade juvenil e corpórea. O jeito é se adaptar... viver um dia de cada vez, pensar no futuro vivo, ter esperança que estaremos satisfeitos no final da nossa etapa.
Minha vózinha lutou muito para ficar neste mundo terreno, o corpo já não mais lhe obedecia pelo menos pelos dois últimos anos, duro para todos vê-la naquela situação, mas ela esteve lá, firme em algum propósito ireconhecível para mim. Senti alívio por ela e dor por mim, que grande contradição é viver. Não querer morrer também é viver? A imortalidade só teria sentido se fosse para todos, mas com ela o conhecimento seria finito e o que viria depois?

Amor presente a minha avó Mabel e minha mãe Conceição que estão em meus pensamentos todos os dias e que de certa forma regulam ainda muitas das minhas ações.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Paulo Leminsky

Acordei bemol
tudo estava sustenido sol fazia
só não fazia sentido.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sobre dar e receber


Sabe aquele ditado popular: "É dando que se recebe" ou então:” Faz ao outro o que queres receber"? Eu sempre acreditei e continuo acreditando no poder cósmico de nossas ações, mas, imagino que consegui ler entrelinhas destas falas.

A princípio, sou do tipo que se doa a pessoas, atividades e a coisas que acredite possam me fazer feliz, fazer o bem, ser politicamente correto ou socialmente louvável. Faço de coração, sem esperar recompensas. Aqui vou precisar fazer um parêntesis para explicar este "a princípio" e "sem esperar recompensas", pois assim me parece, na maior parte do tempo. Porém, numa avaliação psicanalítica provavelmente concluiria que meu ego ou alterego a queiram, já que é humanamente impossível não termos nossos momentos egoístas e narcisistas. Ou, numa análise foucaultiana, onde a relação do poder está no berço da essência humana, só fazemos algo a outro pela recompensa que queremos de volta, seja ela material, de dependência ou contemplação. Fecho parêntesis, pois se avançar no tema, vai dar outro texto que não do tema que me propus.

Voltemos ao dito e sua possível escrita na entrelinha do meu entendimento: a proporção do dar e receber, para nós seres humanos falhos está relaciona eu dou a você, você fica grato e me recompensa, com palavras, gestos, atitudes e ação. Uma relação de via dupla indivíduo/individuo. Certo? Seria, se a vida não fosse caótica e que nem todos estão preparados para retribuir diretamente. E aí está o ponto, a relação entre dar e receber não tem absolutamente a ver com uma troca direta individuo/individuo, você semeia para o cosmo. É o cosmo determina como e quando o recebimento do semeado voltará para você. Esta dimensão universal e humana é tão poderosa que não importa para quem você se doou; a cadeia de efeito dominó startada com sua ação, não é manual e operada pelo individuo, ela é natural e acontece sem nossa prévia escolha. Se você é um semeador de boas ações, não necessariamente espere receber boas ações daqueles a quem doou, mas saiba que o universo é capaz e proverá você de gente tão bacana quanto você. Se os sentimentos forem o inverso tome cuidado com suas escolhas, pois são delas que vem a recompensa.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Doeu fazer 40


Vou começar dizendo uma coisa que é desagradável, mas também real, estou completando, numa boa expectativa, a metade do tempo que me é possível aqui neste mundo. Gostaria de dizer que vejo essa verdade de uma forma muito tranqüila, mas seria uma meia mentira, pois não gosto da idéia de deixar de viver. Do outro lado consigo visualizar minhas experiências e vivências, e, isso sim, me traz grande satisfação. Não vou começar a viver hoje, as experiências que tive até aqui foram imensamente gloriosas a ponto de eu poder dizer que já vivi bem minha vida. A morte, no fato e não na essência, não me incomoda pelo contrario enxergo nela só um acontecimento que todos cedo ou tarde temos que enfrentar. Como disse o que me incomoda é deixar de ter esta maravilhosa experiência de viver, provar o novo, se redescobrir a cada instante, isso é apaixonante. Certamente aqui é um pedaço do paraíso, quero continuar vivendo intensamente. Com a idade o medo de se arriscar nas coisas bobas (como atravessar a rua fora da faixa) diminui ou desaparece não me arrisco a perder a preciosa vida por uma bobagem. Mas, tomo riscos maiores, riscos de essência e compatibilidade com os demais, sinto que sou mais dona de mim, não busco aceitação por aceitação, continuo querendo que me aceitem, mas, agora é diferente, tem ônus ir contra meus ideais. Não mais me contrario, quero continuar aprendendo, jogando o velho fora e abrindo espaço para o novo, porque se vou ter apenas esta vida então quero aproveitá-la em sua totalidade, nada de lacuna vazias, de desejos não concebidos, de “ses” e sonhos de aventuras jamais vividas... Hoje só existe no agora!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Porto Seguro- Aldeia pataxó


Eu não entendo de índio, conheço pouco da cultura e do que realmente são seus desejos. Sei apenas que são marginalizados pela nossa sociedade, talvez mais por nossos governantes e ONGs cheias de boas intenções. Eles não têm direito a escolha e não tem voz para se posicionarem e por isso estão prensados entre os que teoricamente se preocupam com a imensa perda de uma pseudo aculturação e o fim inestimável de uma cultura, e, aqueles que acham que já passou da hora da adaptação desta “cultura inferior”.
Então para perpetuar este asilo caquético onde foram colocados os descendentes da cultura indígena, vem o que o nosso país sabe fazer de melhor, o assistencialismo, simplesmente retirando todo o poder, a coragem, o respeito, a vontade de vencer por si só do individuo. O índio é um indivíduo, que quer ter acesso as benesses do mundo moderno – é o que vejo em reportagens além dos tantos que migram para a cidade - TV, rádio, confortos capitalista que não combinam com a cultura indígena "arcaica."
Apesar de como disse antes, não entender de índios, tenho uma opinião clara sobre o que é cultura: algo mutável, que se transforma a todo instante, sem que haja um start, simplesmente acontece, olhamos para traz e aquele padrão de comportamento não existe mais.
Existem muitas formas de memorizar culturas passadas, já viemos fazendo isso desde tempos remotos acho que os índios também poderiam virar esta página e começar uma história dentro do contexto real de existência, sem criar micro universo insustentáveis.
Apenas minha opinião, vamos discutir?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

as margaridas de Ushuaia



Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre.

Paulo Coelho



Abençoados olhos que me permitem ver as maravilhas que nos foram ofertadas pela natureza. Mas tão pouco é agradecer pelas coisas lindas e que obviamente encantam. Tão lindo é me olhar no espelho ao acordar, mesmo que a cara esteja toda amassada, ou então, saber que posso dirigir, apreciar um sorriso de uma criança, a cor da beterraba, a falta de cor da água, as nuvens do céu... Você é criativo o suficiente para viver sem seus olhos? Eu não.

sábado, 3 de abril de 2010

Pensar Páscoa




Para comemorar minha Páscoa vou "mudar" o tempo do verbo desta música marvilhosa do Titãs, mudando seu título de Epitáfio para Promessas. Prometo amar, chorar, arriscar e viver mais intensamente!

Composição: Sérgio Britto

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Liberdade e verdade


Não vejo a verdade como libertadora. Em principio, acredito que não exista uma verdade e sim verdades, tudo depende do ponto e largura de visão. Acredito que estes conceitos tem em comum é que tanto verdade quanto liberdade, não podem serem vividas na prática por unanimidade, ou por uma simples maioria, seus conceitos epistemológicos (de raiz) servem apenas para dar um rumo a cada individuo que recriam seus conceitos de forma única para suas vidas.
Não sou dono da verdade dos outros e enquanto viver em sociedade não serei livre, mas sou livre para escolher se vivo em sociedade, mas se escolho a liberdade ainda sou prisioneiro dos meus sentidos e pensamentos dos pré-conceitos do meu passado. Indo ao cerne da questão penso que para ser livre tenho que a cada segundo me despir de mim mesmo e recomeçar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Você não pode escolher como vai morrer ou quando. Você só pode decidir como viver para que não tenha sido em vão."
Joan Baez, cantora

segunda-feira, 15 de março de 2010

Quando se fala demais? Quando se fala demais... Quando se fala demais!


Sempre tenho a impressão que falo demais, não importa o lugar, se me sinto a vontade com a pessoa ou pessoas, eu falo. Não que eu fale muito, falo apenas o suficiente em quantidade de palavras... Muitas vezes tenho a sensação de que quando falei expus mais do que o momento ou intimidade merecida.
O que me incomoda não são bem as palavras e sim sua intensidade. Deixe-me explicar... Sinto meus conceitos verdadeiros no instante falado, porém podem não serem tão verdadeiros até mesmo antes de terminar a frase ou assunto. Como se eu falasse só parte da verdade existente em mim, um dos muitos lados possíveis dela existir, e então, de repente, tenho medo que meu ouvinte acredite no que falei, pois ele só teria visto um lado daquela verdade então eu estaria mentindo para ele. Mas aí eu me pergunto: então qual é a verdade? Na verdade eu desconheço...
Como pode ser significante um pequeno instante de nossa tão larga vida... Que questionável pode ser a forma que os outros nos vem, será que alguém me conhece? Será que eu me conheço? Até onde sou relativa? Minha certeza é que alguma verdade deve vir de mim, caso contrário seria eu uma fraude, e sinceramente não me sinto sendo, apesar de toda dúvida... Não deves estar entendendo, pois mesmo no texto acabo me contradizendo, o que acaba me dizendo, já que a discussão é essa mesmo.
Um bom exemplo é minha irmã, vira mexe, ela tira do baú uma antiga assertiva minha, me informando que um tempo atrás eu falei determinada coisa que contradiz o que falo no momento presente, então com calma irritada eu respondo que ela tirou do contexto e que o momento é outro, mas a dúvida fica, sobre quais são as minhas certezas... Quais são as suas certezas?
Esta vida é tão paradoxal, hora uma verdade serve na hora seguinte ela não encaixa mais adequadamente aquele contexto. Eu não gosto que as pessoas me rotulem pelas “verdades” que digo, pois, e se não forem verdades? Sábio deve ser quem não fala!? Mas eu acho que falar é bom, a comunicação faz com que seja possível crescer e rever pensamento então voltamos (volto) ao problema...
E você, fala demais?

quinta-feira, 11 de março de 2010

sustentabilidade e comércio



Hoje fui ao supermercado e na hora de passar no caixa recordei da bendita sacola reciclada, politicamente correta, que ficou no carro. No meu caso específico tenho que assumir ainda a contragosto que 50% das vezes vou ao mercado e as esqueço em casa ou dentro do carro, acabo levando as compras nas sacolas plásticas. Explico mas não justifico minha consciência sustentável ainda não tem maturidade, mas adianto ando trabalhando muito nela, graças a algumas amigas queridas que têm esta camiseta bem vestida (uma delas é jornalista Danielle Ferraz, ela tem um blog sobre este assunto e moda, depois passa lá para dar uma olhada - http://modadofuturo.wordpress.com). Voltando a minha ida ao mercado, do lado do caixa uma gôndola enorme vendendo sacolas para eu carregar minhas compras (preços pouco convidativos, apesar da enorme propaganda do supermercado) e assim colabore não poluindo o mundo de plásticos que possivelmente encheram um bolsão de lixo, que não será tratado pelos nossos governantes (isso é assunto para outro tópico), ao lado da gôndola estou eu tentando embalar 3 ou 4 produtos em sacolinhas plásticas tão fraquinhas que a 1ª rebentou a alça, então a funcionária disse muito prestativa para mim colocar dentro de outra, e, como os produtos eram pesados e a primeira tinha rebentado tivemos que colocar numa terceira sacola. Peguei meus produtos e fui embora olhando outras tantas pessoas embalando seus produtos dentro de 2 ou 3 sacolas plásticas (não será uma sacola plástica naquele lixão, para cada pacote de compras de 1 a 3 são utilizadas) e fiquei pensando em minha consciência sustentável e na do estabelecimento: o que é real e o que é maquiagem?

A bandeira da sustentabilidade está levantada, mas o comercio tem aproveitado para alimentar o consumo deliberado com esta mesma idéia, é necessário ser precavido e avaliar nossa forma de comprar muito mais do que mudar apenas os artigos de consumo. Como consciência não é uma coisa que se pode ser imposta o caminho precisa ser percorrido e devemos falar e fazer cada vez mais deste tema uma mensagem do futuro que queremos.


Para encerrar, preciso me comprometer em aumentar meu índice percentual do uso de sacolas recicláveis... (risos sérios)


Lanço uma pergunta para nossa possível discussão:

Qual a melhor solução de embalagem para supermercados e estabelecimentos comerciais? Estamos prontos para ela?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher


Na minha vida já passaram muitas pessoas interessantes, queridas e inesquecíveis entre elas mulheres especiais, que hoje quero prestar uma singela homenagem, parte delas estão na foto aí de cima – não estão todas, pois de algumas não tenho foto, mas gostaria que se sentissem homenageadas da mesma forma. Com elas tive experiencias fantásticas, aprendi, dividi e multipliquei. São tantas histórias e experiencias trocadas, nunca penso em voltar no tempo, ainda que sinta saudades dos bons momentos... as energias ficaram! Obrigada por me ajudarem e me formar e transformar!

sexta-feira, 5 de março de 2010


Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um so mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.


quarta-feira, 3 de março de 2010


Hoje tive uma tarde deliciosa com duas amigas, muita conversa boa, lembranças de infância, contos das crianças e tagarelices da vida. Tudo isso regado com gostoso chimarrão... Por isso resolvi fazer uma homenagem a esta bebida, que nem é tão gostosa (alguns diriam), porém tem uma capacidade especialíssima de criar um ambiente confortável, amistoso, permite olhar nos olhos, dá intimidade e faz todo gaucho saber que têm casa. Sem bairrismos, apenas falando de sentimento... Deixo vocês com a primeira estrofe do poema “Chimarrão” de Glaucus Saraiva:
Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Possibilidade de amar


Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você.

Mario Quintana


Irreverente, inteligente, sagaz, adoro esse gaúcho, por suas poesias, sua decência de pensar, e falar o que sente numa falsa simplicidade igual à essência humana. Não quero explicar seus versos, quero vivê-los!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sou...



a mais velha de uma penca de irmãs, nasci no Rio Grande do Sul, numa família de poucas posses onde tudo sempre foi muito batalhado, meus pais mesmo com dificuldade sempre proveram as necessidades do lar, sim tive um lar maravilhoso, minha mãe uma mulher sonhadora, artista e falante características que acho que também possuo. Já meu pai um homem truculento, como a maioria que passou muitas necessidades físicas e emocionais, mas de essência boa e simples, talvez dele tenha herdado muito mais características, porém, mais difíceis de assumi-las. Tive infância longa, brinquei de boneca até os 15 anos. Namorar quase com 20, como podem ver não fui precoce, o tal do Ensino Médio fiz numa escola agrícola um curso que tenho graça ao falar, Economia Doméstica, na época era intitulado de “caça-maridos”, nesta época eu dizia que não pensava em me casar, sonhava em ter um apartamento e morar com minha irmã e uma amiga. A faculdade foi um período liberta tório, já trabalhava e estudava a noite, me sentia livre dos meus pais, o que era uma falsa verdade, já que morava com eles. Fiz História, o curso foi um sonho de consumo, a profissão mais parece um tormento. Evitei depois de formada por quase um ano entrar na sala de aula, mas a necessidade e a oportunidade me jogaram nela, o que me trouxe aprendizados maravilhosos.
Neste período conheci um homem especial que é meu companheiro até hoje. Casamos e vivemos uma vida meio que cigana, mudando de tempos em tempos em função do trabalho dele. Foram, até agora, oito cidades em diferentes estados do Brasil e uma mudança internacional, dentro do continente. Aproveitamos todas elas para rodar turisticamente seu entorno, na maior parte das vezes de carro, sempre buscando um mix entre lindas paisagens e aprendizados culturais, me sinto orgulhosa dos muitos quilômetros rodados de carro. Adiamos o quanto acreditamos ser possível ter filhos, hoje eles estão por aí, parei de trabalhar fora, (agora trabalho bem mais só que em casa), para dar e ter qualidade de vida com meus filhos. Este processo foi doloroso no começo, pois socialmente nós mulheres somos empurradas a ter culpa de deixarmos de ser produtivas profissionalmente, então, hoje costumo dizer que estou em período sabático, tenho aproveitado para curtir as crianças, me dar pequenos prazeres como pintar e fazer artesanato, escrever e estar com amigos, tenho aprendido muito mais sobre mim mesmo. Com tantas mudanças, muitas pessoas lindas acrescentaram na minha vida, algumas mantenho contato até hoje outras tantas apenas restou à saudade histórica dos momentos vivenciados. Como viajante sempre soube da partida, sofri e sofro a cada uma delas, mas a oportunidade de recomeço sempre me soa como uma dádiva. Continuar a aprender e quem sabe dar um pouquinho do que sei e do que sou a outros. Quem eu sou? Tire suas conclusões...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quais suas escolhas hoje?


Escolhas nunca são fáceis, sempre que as fazemos deixamos para trás muitas histórias que jamais acontecerão. São ilimitadas as possibilidades da vida, somos frutos de grandes escolhas, mas certamente as pequenas é que nos fazem estar exatamente neste momento temporal. Como assim? Simples, a escolha de um caminho para casa, de ir ou não a uma festa, de comer ou não a salada russa, de cumprimentar ou não um estranho... no momento da escolha ocorre um “start” que desencadeia uma série de fatores que podem ou não mudar drasticamente o ruma da vida, conhecer o amor da sua vida, sofrer um acidente de carro, engordar uns quilos, parar no hospital e lá conhecer o amor da sua vida (risos)... Quase todas nossas escolhas são conscientes a diferença é que em algumas delas nós conseguimos vislumbrar a conseqüência– ainda que algumas vezes nos surpreendamos enormemente em um caminho diferente do escolhido. Podemos escolher, mas temos a rédeas das escolhas?Acho que não! Temos algo maior que nos faz crescer e ser in-dependente das escolhas, a essência, somos um perfume único, com nosso conjunto de crenças, de qualidades, defeitos e humores, boicotes emocionais e preconceitos adquiridos, tudo isso, forma uma impressão digital cósmica, que nos faz comer o limão ou fazer uma limonada.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Que futuro te espera?

Vamos falar de metas e objetivos. Existe uma diferença entre estes dois conceitos, objetivos são ações destinadas a alcançar determinadas metas, por exemplo, quero ter uma relação ótima com meus filhos, marido, ou namorado de respeito e admiração mutua. Como é possível alcançá-la? Pontuando objetivos, exemplos, todos os dias devo olhar nos olhos dele por alguns minutos e perguntar algo relevante da vida dele, uma vez por semana fazer um programa especial com ele, enfim, criar pequenas ações que produzam resultados para alcançar a meta principal. Pode parecer absurdo você precisar registrar este tipo de objetivo, porém, quando não existe o habito e o controle acabamos esquecendo de fazer o básico, muitas vezes deixamos para depois as verdadeiras necessidades para alcançarmos a felicidade. De tempo em tempo você verifica se tem alcançado os objetivos e se pergunta se os mesmo estão efetivando a sua meta, as vezes, é necessário refazer os objetivos para chegar ao resultado pretendido. Acredito que metas devem ser feitas com o objetivo de alcançar satisfação pessoal, felicidade, e, para isso necessitam serem trabalhadas com perspectivas, metas anuais, para 2, 5 e 10 anos. É claro que as mais distantes podem e devem sofrer reformulações ao longo da trajetória, adaptando-se as vivências pessoais e aos inevitáveis mudanças do curso da vida. Mas certamente tem metas, que estão apoiadas a essência do nosso ser que podem ser postergadas, mas jamais esquecidas.
Todo ano novo sento na frente do computador e escrevo uma lista de ações que pretendo alcançar e seguir até o final do ano.
Utilizo uma metodologia bem simples, numa tabela do Word, com treze colunas, uma primeira mais larga escrevo a meta em negrito e logo abaixo os objetivos para alcançá-la (1 por linha) em cada coluna identifico o mês do ano vigente. Depois de tudo devidamente registrado abro uma vez por mês e verifico se tenho ou não trabalhado nas metas, observo e registros os avanços. Identifico as metas a partir dos seguintes cabeçalhos: aspecto físico, profissional, pessoal/prazeres, filhos, companheiro, economias/finanças e aquisição de bens.
Se você está se perguntando se isso funciona? Para mim sim, como disse antes, a vida faz com que utilizemos todo o nosso tempo no agora e postergue ao limite nossos compromissos e objetivos futuros, assim com um pouco de controle consigo dar diferentes níveis de prioridade a tudo que faço. A idéia é eficiente e tenho estado muito satisfeita com os resultados.
Faça seu exercício, suas metas e objetivos!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Pense e dance

Composição: Dé / Frejat / Guto Goffi

Penso como vai minha vida
Alimento todos os desejos
Exorcizo as minhas fantasias
Todo mundo tem um pouco de medo da vida

Pra que perder tempo desperdiçando emoções
Grilar com pequenas provocações?
Ataco se isso for preciso
Sou eu quem escolho e faço os meus inimigos

Saudações a quem tem coragem
Aos que tão aqui pra qualquer viagem
Não fique esperando a vida passar tão rápido
A felicidade é um estado imaginário

Não penso em tudo que já fiz
E não esqueço de quem um dia amei
Desprezo os dias cinzentos
Eu aproveito pra sonhar enquanto é tempo

Eu rasgo o couro com os dentes
Beijo uma flor sem machucar
As minhas verdades eu invento sem medo
Eu faço de tudo pelos meus desejos

Saudações a quem tem coragem
Aos que tão aqui pra qualquer viagem
Não fique esperando a vida passar tão rápido
A felicidade é um estado imaginário

Pense e dance
Pense
Pense e dance
Eu me sinto muito bem!
Finalmente venho a me curvar diante desta ferramenta, não que eu fosse contraria a ela, simplesmente a preguiça de sentar por algumas horas na frente do PC e aprender a usa-la fez com que tardasse tanto.
Hoje estou fazendo um post teste. Espero que este espaço seja um bom amigo, um leitor dedicado a mim, onde eu possa extravasar meus sentimentos, os verdeiros e até aqueles nos quais eu minto aos outros e a mim mesmo. Usamos muitas máscaras, são tantas, que nos perdemos na frente delas e muitas vezes ficamos boquiabertos com nossas atitudes, cobramos de nós mesmos sermos outros. Entender a essência é um sonho ou um pesadelo que considero inalcançavel, portanto tem horas que devemos simplesmente ser, deixar de pensar e argumentar nossas ações para simplesmente viver. E este é um dos meus objetivos aqui.