quarta-feira, 31 de março de 2010

Liberdade e verdade


Não vejo a verdade como libertadora. Em principio, acredito que não exista uma verdade e sim verdades, tudo depende do ponto e largura de visão. Acredito que estes conceitos tem em comum é que tanto verdade quanto liberdade, não podem serem vividas na prática por unanimidade, ou por uma simples maioria, seus conceitos epistemológicos (de raiz) servem apenas para dar um rumo a cada individuo que recriam seus conceitos de forma única para suas vidas.
Não sou dono da verdade dos outros e enquanto viver em sociedade não serei livre, mas sou livre para escolher se vivo em sociedade, mas se escolho a liberdade ainda sou prisioneiro dos meus sentidos e pensamentos dos pré-conceitos do meu passado. Indo ao cerne da questão penso que para ser livre tenho que a cada segundo me despir de mim mesmo e recomeçar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Você não pode escolher como vai morrer ou quando. Você só pode decidir como viver para que não tenha sido em vão."
Joan Baez, cantora

segunda-feira, 15 de março de 2010

Quando se fala demais? Quando se fala demais... Quando se fala demais!


Sempre tenho a impressão que falo demais, não importa o lugar, se me sinto a vontade com a pessoa ou pessoas, eu falo. Não que eu fale muito, falo apenas o suficiente em quantidade de palavras... Muitas vezes tenho a sensação de que quando falei expus mais do que o momento ou intimidade merecida.
O que me incomoda não são bem as palavras e sim sua intensidade. Deixe-me explicar... Sinto meus conceitos verdadeiros no instante falado, porém podem não serem tão verdadeiros até mesmo antes de terminar a frase ou assunto. Como se eu falasse só parte da verdade existente em mim, um dos muitos lados possíveis dela existir, e então, de repente, tenho medo que meu ouvinte acredite no que falei, pois ele só teria visto um lado daquela verdade então eu estaria mentindo para ele. Mas aí eu me pergunto: então qual é a verdade? Na verdade eu desconheço...
Como pode ser significante um pequeno instante de nossa tão larga vida... Que questionável pode ser a forma que os outros nos vem, será que alguém me conhece? Será que eu me conheço? Até onde sou relativa? Minha certeza é que alguma verdade deve vir de mim, caso contrário seria eu uma fraude, e sinceramente não me sinto sendo, apesar de toda dúvida... Não deves estar entendendo, pois mesmo no texto acabo me contradizendo, o que acaba me dizendo, já que a discussão é essa mesmo.
Um bom exemplo é minha irmã, vira mexe, ela tira do baú uma antiga assertiva minha, me informando que um tempo atrás eu falei determinada coisa que contradiz o que falo no momento presente, então com calma irritada eu respondo que ela tirou do contexto e que o momento é outro, mas a dúvida fica, sobre quais são as minhas certezas... Quais são as suas certezas?
Esta vida é tão paradoxal, hora uma verdade serve na hora seguinte ela não encaixa mais adequadamente aquele contexto. Eu não gosto que as pessoas me rotulem pelas “verdades” que digo, pois, e se não forem verdades? Sábio deve ser quem não fala!? Mas eu acho que falar é bom, a comunicação faz com que seja possível crescer e rever pensamento então voltamos (volto) ao problema...
E você, fala demais?

quinta-feira, 11 de março de 2010

sustentabilidade e comércio



Hoje fui ao supermercado e na hora de passar no caixa recordei da bendita sacola reciclada, politicamente correta, que ficou no carro. No meu caso específico tenho que assumir ainda a contragosto que 50% das vezes vou ao mercado e as esqueço em casa ou dentro do carro, acabo levando as compras nas sacolas plásticas. Explico mas não justifico minha consciência sustentável ainda não tem maturidade, mas adianto ando trabalhando muito nela, graças a algumas amigas queridas que têm esta camiseta bem vestida (uma delas é jornalista Danielle Ferraz, ela tem um blog sobre este assunto e moda, depois passa lá para dar uma olhada - http://modadofuturo.wordpress.com). Voltando a minha ida ao mercado, do lado do caixa uma gôndola enorme vendendo sacolas para eu carregar minhas compras (preços pouco convidativos, apesar da enorme propaganda do supermercado) e assim colabore não poluindo o mundo de plásticos que possivelmente encheram um bolsão de lixo, que não será tratado pelos nossos governantes (isso é assunto para outro tópico), ao lado da gôndola estou eu tentando embalar 3 ou 4 produtos em sacolinhas plásticas tão fraquinhas que a 1ª rebentou a alça, então a funcionária disse muito prestativa para mim colocar dentro de outra, e, como os produtos eram pesados e a primeira tinha rebentado tivemos que colocar numa terceira sacola. Peguei meus produtos e fui embora olhando outras tantas pessoas embalando seus produtos dentro de 2 ou 3 sacolas plásticas (não será uma sacola plástica naquele lixão, para cada pacote de compras de 1 a 3 são utilizadas) e fiquei pensando em minha consciência sustentável e na do estabelecimento: o que é real e o que é maquiagem?

A bandeira da sustentabilidade está levantada, mas o comercio tem aproveitado para alimentar o consumo deliberado com esta mesma idéia, é necessário ser precavido e avaliar nossa forma de comprar muito mais do que mudar apenas os artigos de consumo. Como consciência não é uma coisa que se pode ser imposta o caminho precisa ser percorrido e devemos falar e fazer cada vez mais deste tema uma mensagem do futuro que queremos.


Para encerrar, preciso me comprometer em aumentar meu índice percentual do uso de sacolas recicláveis... (risos sérios)


Lanço uma pergunta para nossa possível discussão:

Qual a melhor solução de embalagem para supermercados e estabelecimentos comerciais? Estamos prontos para ela?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher


Na minha vida já passaram muitas pessoas interessantes, queridas e inesquecíveis entre elas mulheres especiais, que hoje quero prestar uma singela homenagem, parte delas estão na foto aí de cima – não estão todas, pois de algumas não tenho foto, mas gostaria que se sentissem homenageadas da mesma forma. Com elas tive experiencias fantásticas, aprendi, dividi e multipliquei. São tantas histórias e experiencias trocadas, nunca penso em voltar no tempo, ainda que sinta saudades dos bons momentos... as energias ficaram! Obrigada por me ajudarem e me formar e transformar!

sexta-feira, 5 de março de 2010


Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um so mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.


quarta-feira, 3 de março de 2010


Hoje tive uma tarde deliciosa com duas amigas, muita conversa boa, lembranças de infância, contos das crianças e tagarelices da vida. Tudo isso regado com gostoso chimarrão... Por isso resolvi fazer uma homenagem a esta bebida, que nem é tão gostosa (alguns diriam), porém tem uma capacidade especialíssima de criar um ambiente confortável, amistoso, permite olhar nos olhos, dá intimidade e faz todo gaucho saber que têm casa. Sem bairrismos, apenas falando de sentimento... Deixo vocês com a primeira estrofe do poema “Chimarrão” de Glaucus Saraiva:
Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.