quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estou menos preocupada com o que os outros pensam de mim, mais convicta das minhas posições e consciente como uma coisa afeta a outra.

Isso me preocupa, pois me faz recordar que quando começamos achar que sabemos tudo estamos morrendo intelectualmente, fechando portas para aprendizado novos, diminuindo perspectivas. Ser o dono da razão não é coisa boa, mostra falta de sintonia com o receber e deixar-se levar. Tenho medo disso, mas também apresento pouca paciência com os fatos do dia a dia que constantemente se repetem... grande dilema, não quero ser a pessoa do "eu te disse", tão pouco deixar  de usar o "brilhantismo" das minhas experiências como exemplo. A pertinência dos pensamentos nem sempre caminha coerente com a realidade da vida diária, me pego a dar lições de moral, valorizando demasiadamente minhas experiências como um arauto chamando a atenção para si e ainda assim apenas um mensageiro ingenuo incapaz de viver/decidir pelo outro. 
Ao envelhecer, digo tornar- experiente, a máxima "ser ou não ser" de Shakespeare devia mudar para conter ou não conter as vivências para o mundo, já sabemos quem somos ou pelo menos acreditamos que sim. É necessário manter a essência e para isso só me vem a cabeça é a palavra paciência, o cultivo dos sábios, envelhecer é saber ouvir, opinar quando convidado, não achar que as suas experiências vividas sejam o único modelo para outros. Ainda estou fazendo errado... acho que não envelheci o suficiente!

Um comentário:

  1. É isso ai mana, ainda não envelhesse o suficiente, mas, paciencia e auto conhecimento são os dois grandes desafios da vida.
    Vejo muita verdade no quesito que usar suas experiencias para formar teorias sobre como os outros devem agir, mas o mais importante nesta postagem é ver que acima de tudo, você se conhece o suficiente para perceber este deslize. Então tabalhe mais a sua paciencia. Beijos Te amo.

    ResponderExcluir